A maior empresa de alojamento local portuguesa aposta neste momento em ajudar os proprietários de imóveis a conseguirem novas licenças AL.
Se até 15 de Fevereiro as perspetivas para o setor do turismo eram de grande expansão, no último dia 16 foi anunciado um travão que terá impacto em milhares de postos de trabalho em Portugal. A LovelyStay, a maior empresa portuguesa de gestão de alojamento local do país, recebeu a notícia com muita preocupação, uma vez que os objetivos para este ano eram crescer mais de 40% em termos de rentabilidade e também portfólio, com a expectativa de fechar 2023 com um rendimento bruto de mais de 25 milhões de euros.
“Hoje a LovelyStay tem mais de 80 funcionários e a expectativa é de contratar pelo menos mais 30 novos talentos até ao final de 2023. Apesar das novas medidas do governo, o plano de contratação continua em vigor, pelo menos para já, enquanto não sabemos ao certo como vai ser o futuro do setor. Embora permaneçamos otimistas sobre os resultados do nosso portfólio e o crescimento turístico no país, estamos cientes dos impactos negativos que estas medidas terão em milhares de postos de trabalho, assim como no desenvolvimento económico de centenas de municípios, que se vê agora impedido”, comenta o CEO da LovelyStay, William Tonnard.

Além do mais, é preciso compreender que estas medidas parecem atacar em exclusivo o setor do Alojamento Local, fazendo-se incidir sobre empresas, investidores e empreendedores que contribuíram de uma forma sem precedente para a reabilitação urbana, e que contribuem em grande escala para a economia nacional. Num cálculo rápido, se considerarmos que cada hóspede gasta em média de 150 euros por dia em Portugal – incluindo despesas como alojamento, alimentação e transporte – e que só a LovelyStay vendeu 433 mil noites individuais no ano passado, só em 2022 a empresa gerou mais de 65 milhões de euros para a economia portuguesa, dos quais 18 milhões de euros foram gastos em alojamento.
Quando justapostos ao problema da habitação, a violação das legítimas expectativas daqueles que foram convidados a investir em Portugal – e sempre após já ter sido gasto o dinheiro – não só diminui a confiança de qualquer investidor internacional na seriedade do mercado português como parece ser um exercício intelectualmente desonesto, na perspectiva de Tonnard. Segundo dados do INE, apenas 2% do parque habitacional português corresponde a ALs, sendo que por cada AL em Portugal existem sete imóveis devolutos, com a concentração de Alojamentos Locais a consubstanciar um problema apenas nos centros históricos de Lisboa e Porto, onde a suspensão de novas licenças já se encontrava em vigor. Além do mais, a configuração destes imóveis remodelados impede, na sua maioria, a sua reconversão para habitações permanentes confortáveis.
“Temos de ser otimistas e tentar encontrar, nas dificuldades, uma solução. Sobrevivemos à pandemia, reinventámo-nos e transformámo-nos numa empresa mais sólida. Ainda é demasiado cedo para anunciar novas estratégias. mas há muito tempo que a nossa empresa se especializa na gestão de reservas de longa e média duração, não estando limitada ao AL. Em todo o caso, o alojamento local continua e continuará a ser a atividade de exploração imobiliária mais rentável em Portugal, e por esse motivo estamos neste momento em contacto com dezenas de clientes no sentido de os ajudar a cumprir as legítimas expectativas dos seus investimentos e licenciar os seus imóveis enquanto é possível”, afirma Tonnard.
O turismo rural já era uma aposta da LovelyStay desde 2020, quando começou a gerir propriedades fora dos grandes centros urbanos. Contudo, considerando o volume de turistas que Portugal tem recebido e pretende receber nos próximos anos, é importante salientar que apenas os hóteis e os ALs existentes não serão suficientes.
“O turista que gosta de se sentir em casa durante uma viagem procura naturalmente um alojamento local. Esta alteração geracional do perfil do viajante não irá mudar. A diferença é que estes visitantes podem deixar de escolher Portugal como destino de férias, precisamente porque não encontram no país a estrutura que procuram”, reforça Tonnard.
Ciente das necessidades de milhões de turistas locais e internacionais que querem descobrir o que Portugal tem para oferecer, a LovelyStay continuará à espera de esclarecimentos sobre todas as medidas anunciadas de modo a poder ajustar as suas estratégias e continuar a apoiar os seus clientes neste ambiente de incerteza.
Sobre a LovelyStay
A LovelyStay atua no mercado de Alojamento Turístico desde 2015, com um portfólio de mais de 850 propriedades de segmento médio-alto espalhadas por todo o país. Com uma extensa carteira de clientes, a empresa trabalha com investidores e proprietários de alojamentos que querem tornar as suas propriedades rentáveis, seja em grandes centros ou nas vilas e aldeias do país. Com escritórios localizados em Lisboa, Porto e Algarve, totalizando mais de 80 funcionários, a empresa possui um serviço profissional e personalizado, de acordo com as necessidades dos clientes, oferecendo serviços de gestão remota, completa, e até mesmo de consultoria para os mais diversos temas, desde a construção à gestão dinâmica de preços, do design de interiores à hospitalidade.